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A arte da felicidade

Sonhos sonhados, sonhos realizados! Pessoas que olham ao redor e enxergam muito alem do que os olhos conseguem ver.

Serão eles loucos? Serão eles lunáticos? Serão eles sonhadores? Ou, na contra mão de todas as vozes...Serão eles visionários? Destemidos? Teimosos?


Vivências , experiências e realidades nos levam a essas pessoas e lugares que estão por ai, realizando seus sonhos e andando de olhos bem abertos para enxergar a felicidade ou mesmo as pitadas de alegria que teimam em se mostrar diante a realidades tão duras.


Houve um tempo em que, sim, os vaga-lumes e suas brilhantes piscadas de luzes, voavam distantes; os luares pareciam opacos, ou melhor, não existiam!


Porém guerreiros sonhadores, lutaram e lutam para mostrar ao mundo o quanto a felicidade pode ser encontrada na simplicidade das ações. Falam da felicidade certa. Gritam pela necessidade de ser feliz!


Enfim...Sonham com a felicidade e vivem com a alegria. Vivem com o colorido da nova vida da comunidade, esta agora, enfestada de lindos e incansáveis vaga-lumes que nunca se apagam.



Há mais de 20 anos, Claudio Miranda começou a receber amigos do Jardim Ângela, São Paulo, para fazer música a partir de latas de lixo, metal e baldes, porque naquele tempo brincar com instrumentos reais estava completamente fora de questão. Nos primeiros anos da banda, a violência era a norma nas ruas do Jardim Angela – considerado na época pela ONU como um dos bairro mais violentos do mundo. Mortes e tiroteios eram comuns em seus shows e os jovens integrantes da banda sentiram a necessidade de superar a violência, criando uma alternativa positiva.


Agora eles são muito mais do que apenas uma banda. Além de fazer música juntos, como Poesia Samba Soul, eles criaram um centro cultural no meio das ruas estreitas da favela oferecendo algo que é mais atraente do que a violência: eles estão dando aos jovens uma alternativa, para o combate às drogas.


Como parte deste centro cultural, Claudio e seu grupo (Poesia Samba Soul) começaram a configurar um pequeno estúdio para gravar as bandas locais. Os membros da banda também começaram a dar aulas de música, produção de vídeo e design para os jovens, permitindo que eles se expressem através da música, arte e poesia ao invés de violência. Mas, após uma experiência internacional de Claudio na comunidade de paz de Tamera, em Portugal, e São José do Apartado, na Colômbia, sua visão tornou-se o projeto "Favela da Paz".


A favela é um lugar onde muitas pessoas de diferentes origens culturais vivem em um espaço urbano concentrado. Com a “Favela da Paz”, o grupo Poesia Samba Soul visa criar uma comunidade de paz onde as pessoas possam viver no respeito mútuo dentro dos princípios da sustentabilidade em uma das maiores favelas de São Paulo. O projeto é multi-disciplinar com base em cinco pilares de Arte & Cultura, Ecologia, Espiritualidade, Tecnologia e Eqüidade Social, que estão interligados em todos os ramos diferentes do projeto.


A ideia é começar com a rua onde moram: a Rua 2, que tem 2.000 habitantes; mas o objetivo final é criar um modelo para a “Favela da Paz”, que pode ser replicado em outras comunidades ao redor do globo, onde a criminalidade e a violência fazem parte da vida diária.


O grupo criou um modelo de empreendedorismo social que conseguiu prosperar sem praticamente qualquer entrada externa. A banda é usada como uma forma de promover seu trabalho e gerar alguma renda. Com um capital inicial pequeno, eles foram capazes de montar um pequeno estúdio em um par de quartos em suas casas. Este estúdio é agora o principal gerador de renda para o projeto e até agora tem financiado os projetos listados abaixo.


‘Favela da Paz’ é o nome do guarda-chuva de uma série de projetos existentes, bem como projetos futuros, previstos na sua comunidade. A maioria dos projetos existentes utilizam a arte e a cultura como meio de alcançar os jovens e de tornar a comunidade unida: esta é a porta através da qual a informação sobre justiça social, ecologia, tecnologia apropriada e espiritualidade pode ser transmitida.


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